quinta-feira, 9 de junho de 2011

Bienal.

Bueenas! \o/

Estava esses dias arrumando meus álbuns no Orkut e reencontrei as fotos que tirei no MAM/MAC lá em Sampa... E de repente estava ouvindo a musica Bienal - Zeca Baleiro e Zé Ramalho e então.. UAU! Entendi a mensagem da musica.. enfim.
E então pensei nas elocubrações que surgem quando encontro meus amigos da faculdade, todos artistas em constante processo de resignificação e todo aquele blábláblá de auto conhecimento que todos nós conhecemos. O legal é que realmente compreendi que não é apenas um grande falatório cult.. eu realmente sinto esse processo de constante mudança de ideia, de ideais e tudo mais. Esses dias conclui que sou mesmo nerd/geek. Sim. Passei minha infância jogando Street Fighter, Mario, Aero, the acrobat e afins no Super Ness nos idos dos anos 90. Joguei muito Mortal Combat e Sonic também.. Ainda tenho um Nintendo 64, no qual me divirto estourando coisas no Bomber Man ou matando seres estranhos no Super Mario..
Até RPG eu jogo! Final Fantasy e suas milhares de versões...
Bom, isso tudo me mostra que a resignificação REALMENTE existe! OMFG! E bom, cansei de escrever. Vou deixar aqui a musica da qual falei, seguida da letra.
Adiós.



BienalZeca Baleiro
Desmaterializando a obra de arte no fim do milênio
Faço um quadro com moléculas de hidrogênio
Fios de pentelho de um velho armênio
Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata torta

Teu conceito parece, à primeira vista,
Um barrococó figurativo neo-expressionista
Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista
Caucado da revalorização da natureza morta

Minha mãe certa vez disse-me um dia,
Vendo minha obra exposta na galeria,
"Meu filho, isso é mais estranho que o cu da gia
E muito mais feio que um hipopótamo insone"

Pra entender um trabalho tão moderno
É preciso ler o segundo caderno,
Calcular o produto bruto interno,
Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone,
Rodopiando na fúria do ciclone,
Reinvento o céu e o inferno

Minha mãe não entendeu o subtexto
Da arte desmaterializada no presente contexto
Reciclando o lixo lá do cesto
Chego a um resultado estético bacana

Com a graça de Deus e Basquiat
Nova York, me espere que eu vou já
Picharei com dendê de vatapá
Uma psicodélica baiana

Misturarei anáguas de viúva
Com tampinhas de pepsi e fanta uva
Um penico com água da última chuva,
Ampolas de injeção de penicilina

Desmaterializando a matéria
Com a arte pulsando na artéria
Boto fogo no gelo da Sibéria
Faço até cair neve em Teresina
Com o clarão do raio da siribrina
Desintegro o poder da bactéria

Com o clarão do raio da siribrina
Desintegro o poder da bactéria