quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Quantos?


Sob o sol, caminho pelos nossos caminhos;
Pelas esquinas e sinais que soam como os sinos,
Aqueles sinos que conhecemos bem.

Debaixo da lua branca, admiro o silencio;
O silencio sonoro daquele momento,
Lembra-se, amor?

O vermelho anuncia a espera,
Quando te contei tudo, fui sincera.
Naqueles segundos que se arrastavam...

Passado o momento, olho ao redor e percebo
Que não está ao meu lado. Não entendo.
Ontem mesmo... Ou foi há quanto tempo?

Quantas horas? Quantas palavras?
Quantos dias? Quantos ?




Mary

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Metamorfoses


Elas não precisavam de declarações coloridas nem abraços para deixar claro que estavam lado a lado para sempre. Ou estariam lado a lado até os vinte e sete, e depois deles. Horas falando sobre tudo, sem dizer nada, e ao contrário também. Garrafas de café, xícaras lascadas, um bolo e aquelas risadas que dispensavam qualquer comentário. Olhares que dispensavam tudo. E se tornavam diversas coisas, sem perder sua essência.  Google tradutor, amora, nega, canalha, vadia. O futuro não tinha uma importância que as preocupasse; o passado era fonte de discussões infinitas; o presente era tudo que tinha e necessitavam. Dividiam sonhos, pesadelos, insônias, rímel e receitas. Coisas que nem mil anos poderiam apagar.

Para Brenda e Letícia.



Mary.