Passaria meus dias todos apenas a te olhar.
Gravaria todos teus jeitos.
E trejeitos.
Gastaria minhas tardes todas a decorar teus risos.
Haveria, ainda, aquele que...
Usaria minhas noites todas
a te lembrar.
te cantar.
te sonhar.
Viveria todos meus anos a te amar.
Mary
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
domingo, 15 de setembro de 2013
Madrugada
Noite passada, sussurrei para ti.
Ouviu, caro amigo?
Ouviu, enfim?
Falei da vida, da lua,
Da dor, da chuva.
E do amor.
Ah, meu amor!
Meu amor foi o que lhe suspirei.
Em teus lábios, por minha vida, implorei.
Ah, doce ilusão!
Nos delírios perturbadores da mente,
Esqueci, inconsciente, da escuridão.
Sob a benção lunar,
Rasguei meu ser diante de ti,
Diante de teu olhar.
Oníricas são as ilusões!
Alucinadas confissões!
Oh luz! Ilumina!
Lá vem a alvorada!
Oh minha cara, leva a loucura contigo,
Guarda meu coração consigo.
Tem fé, coração!
07/03/2013
Ouviu, caro amigo?
Ouviu, enfim?
Falei da vida, da lua,
Da dor, da chuva.
E do amor.
Ah, meu amor!
Meu amor foi o que lhe suspirei.
Em teus lábios, por minha vida, implorei.
Ah, doce ilusão!
Nos delírios perturbadores da mente,
Esqueci, inconsciente, da escuridão.
Sob a benção lunar,
Rasguei meu ser diante de ti,
Diante de teu olhar.
Oníricas são as ilusões!
Alucinadas confissões!
Oh luz! Ilumina!
Lá vem a alvorada!
Oh minha cara, leva a loucura contigo,
Guarda meu coração consigo.
Tem fé, coração!
07/03/2013
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Com-posição
Dia de agosto,
Tempo bom, de hoje oposto.
A gosto de quem gosta
De um dia de ventania.
Ventania que suja,
Ventania que limpa.
Que bagunça e que refresca.
Que consome.
E do mesmo jeito que veio, some.
Ventinho e ventão,
Folha que vem,
Cabelos que vão.
Que vem do sol, e vai de novo.
Volta e revolta.
Revolve e não se resolve.
Mary Moreira e Paulo Paim
Tempo bom, de hoje oposto.
A gosto de quem gosta
De um dia de ventania.
Ventania que suja,
Ventania que limpa.
Que bagunça e que refresca.
Que consome.
E do mesmo jeito que veio, some.
Ventinho e ventão,
Folha que vem,
Cabelos que vão.
Que vem do sol, e vai de novo.
Volta e revolta.
Revolve e não se resolve.
Mary Moreira e Paulo Paim
quinta-feira, 28 de março de 2013
Lutas
Na sala de espera de um médico,
esses dias, li uma matéria numa revista médica sobre o desprezo na criação dos
meninos. Todos os dias vemos lutas para que as mulheres sejam valorizadas e que
sua criação inclua valores que são ensinados aos meninos; acho válido, mas que
valores são esses?
Vamos pensar em uma cena clichê:
a família se prepara para almoçar, num dia qualquer. O pai se senta á mesa, pode
estar tomando uma cerveja e o menino pode esta jogando algum jogo no videogame,
na sala. A menina está na cozinha com a
mãe, aprendendo a cozinhar, a organizar o espaço da culinária familiar. E está
convivendo.
No ato de cozinhar, a mulher
aprende muito mais do que misturar temperos. Aprende-se sobre a ancestralidade da
família, hábitos passados de geração em geração; a menina aprende a se
relacionar com sua cultura, aprende o modo de pensar dela. Pode-se dizer que é
ai que começa a “escravidão feminina”: ela cozinha para servir ao pai e ao
irmão, enquanto estes estão esperando por ela. Mas vamos voltar para o garoto
que joga videogame na sala.
Ele não está convivendo. Na ânsia
de que o homem seja o “dono” da casa, acaba-se esquecendo de que ele também
precisa aprender sobre seu meio ambiente. O que ele saberá de sua cultura? Não é
importante que os meninos saibam quais os costumes, lendas, hábitos que
envolvem sua família?
Se quisermos que a mulher seja
reconhecida no meio masculino, é preciso que o homem seja reconhecido no meio
feminino também. Se quisermos que uma mulher seja levada a serio quando vai a
uma oficina mecânica, por exemplo, teremos que aceitar o homem possa ser bem
aceitos em cabeleireiros É uma faca de dois gumes: é a mutua aceitação que está
em jogo.
De nada adianta veicular imagens
de homens cuidando de bebês, num estereótipo de bom pai, se quando ele ainda
era um menino não lhe ensinaram a trocar as fraldas de sua irmã mais nova por
que isso é “coisa de mulher”.
É o que eu acho.
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