Quando eu era criança, me perguntavam o que queria ser quando crescesse. As minhas respostas variavam de acordo com a minha idade; já quis ser jornalista, veterinária, bióloga, escritora.
Quando os professores me perguntavam, queriam saber o que eu faria depois do colégio, e eu respondia da mesma maneira. Biologia, jornalismo, moda, Royal Academy of Dance.
E nunca me perguntaram quem eu era. Sempre foi óbvio, eu era uma criança, simples. Não se preocupavam com o meu ser e sim com o meu tornar. Mas antes de se tornar, é preciso ser.
Ser algo, ser alguém, ser algo para alguém, ser alguém para si mesmo. Bem, eu era bailarina. E ainda sou. Porém será isso o resumo do meu ser? Uma bailarina. Estática.
Jornalista, escritora, bailarina, bióloga. Muitos caminhos foram desenhados diante de mim, mas nenhum deles seria capaz de sobrepor o que eu sempre fui e sempre serei.
Aquilo que meu coração tem de inato, aquilo que a minha alma sente e faz sentir.
Livre.
Maria Helena Moreira
Excelente!!!
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