quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Escolhas e caminhos




Quando eu era criança, me perguntavam o que queria ser quando crescesse. As minhas respostas variavam de acordo com a minha idade; já quis ser jornalista, veterinária, bióloga, escritora.

Quando os professores me perguntavam, queriam saber o que eu faria depois do colégio, e eu respondia da mesma maneira. Biologia, jornalismo, moda, Royal Academy of Dance.

E nunca me perguntaram quem eu era. Sempre foi óbvio, eu era uma criança, simples. Não se preocupavam com o meu ser e sim com o meu tornar. Mas antes de se tornar, é preciso ser.

Ser algo, ser alguém, ser algo para alguém, ser alguém para si mesmo. Bem, eu era bailarina. E ainda sou. Porém será isso o resumo do meu ser? Uma bailarina. Estática.

Jornalista, escritora, bailarina, bióloga. Muitos caminhos foram desenhados diante de mim, mas nenhum deles seria capaz de sobrepor o que eu sempre fui e sempre serei. 

Aquilo que meu coração tem de inato, aquilo que a minha alma sente e faz sentir.

Livre.



Maria Helena Moreira

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