Pedido sem recusa,
Culpa inocente.
Correria, gritaria.
Alegria sem limites.
Perguntas e confissoes sem assunto.
Quando nao se sabe nada,
E sabe-se de tudo.
Lugar onde tudo é possivel:
Impossivel e improvável,
Tornados realidade sob o risco do lápis.
Sofrimento que não dói,
E que marca dolorido.
Para meus amores/filhos/alunos.
Mary
domingo, 9 de dezembro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Quantos?
Sob o sol, caminho pelos nossos caminhos;
Pelas esquinas e sinais que soam como os sinos,
Aqueles sinos que conhecemos bem.
Debaixo da lua branca, admiro o silencio;
O silencio sonoro daquele momento,
Lembra-se, amor?
O vermelho anuncia a espera,
Quando te contei tudo, fui sincera.
Naqueles segundos que se arrastavam...
Passado o momento, olho ao redor e percebo
Que não está ao meu lado. Não entendo.
Ontem mesmo... Ou foi há quanto tempo?
Quantas horas? Quantas palavras?
Quantos dias? Quantos ?
Mary
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Metamorfoses
Elas não precisavam de declarações coloridas nem abraços
para deixar claro que estavam lado a lado para sempre. Ou estariam lado a lado
até os vinte e sete, e depois deles. Horas falando sobre tudo, sem dizer nada,
e ao contrário também. Garrafas de café, xícaras lascadas, um bolo e aquelas
risadas que dispensavam qualquer comentário. Olhares que dispensavam tudo. E se tornavam diversas coisas, sem perder sua essência. Google tradutor, amora, nega, canalha, vadia. O
futuro não tinha uma importância que as preocupasse; o passado era fonte de discussões
infinitas; o presente era tudo que tinha e necessitavam. Dividiam sonhos,
pesadelos, insônias, rímel e receitas. Coisas que nem mil anos poderiam apagar.
Para Brenda e Letícia.
Mary.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
S/ Palavras
As palavras escapam-me pelo corpo,
Rompem tendões, dilaceram-me o rosto,
Abandonam-me aos turbilhoes,
Deixam-me, furiosas.
Fogem como bestas indomadas.
Arremessadas página afora,
Buscando um sentido,
Ultrapassam limites de velocidade e estilo.
Vão de encontro com meus sentidos.
Permaneço, arfante.
Em estado de suspensão, esquecida.
Muda.
Mary.
Rompem tendões, dilaceram-me o rosto,
Abandonam-me aos turbilhoes,
Deixam-me, furiosas.
Fogem como bestas indomadas.
Arremessadas página afora,
Buscando um sentido,
Ultrapassam limites de velocidade e estilo.
Vão de encontro com meus sentidos.
Permaneço, arfante.
Em estado de suspensão, esquecida.
Muda.
Mary.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Sobre tudo.
De todas as coisas que jurei não mais provar,
De todas as tardes que prometi descansar,
De todas as noites que disse não mais chorar,
De todas as vezes que gritei até me faltar o ar.
De todas as drogas que disse não provar,
De todas as canções que jurei nunca gostar,
De todo o álcool que me fiz tomar,
De tudo aquilo que não quero me lembrar.
De todos que já me fizeram chorar,
De todos aqueles que minhas lagrimas vieram secar,
De todos os pesadelos que quis acordar,
E os sonhos que desejei não mais acabar,
E os sons que tentei não imitar,
E o telefone que jurei não mais ligar.
E de todas as vozes que me chamam,
E de todos os olhos que me clamam.
São os seus sorrisos que um dia hão de voltar,
São em seus braços que irei afundar.
De todos no mundo, será para sempre,
O primeiro. O ultimo.
Mary.:
domingo, 22 de julho de 2012
"Há mais solidão no aeroporto, que num quarto de hotel barato"
Foi o que disse Zeca Baleiro na musica “Meu amor, minha
flor, minha menina”. Neste fim de semana eu dei toda razão do mundo á ele,
apesar de não ter entrado em nenhum aeroporto nem em algum hotel, barato ou
caro.
Fui a uma festa, a verdade é essa. Uma festa intitulada “Violada”,
os detalhes eu não me lembro. É uma festa na qual duas duplas sertanejas, locais
e desconhecidas, tocam musicas próprias (poucas) e conhecidas nacionalmente.
Devo dizer que ouvi varias vezes as mesmas musicas, na versão original
reproduzida nos intervalos das duplas e nas versões de cada “banda”. Gente
dançando, bebendo, rindo, cantando... E eu me senti estranha.
Estranha e só, e fiquei imaginando quantas pessoas ali
também se sentiam assim. Quantas ali bebiam para se alienar e não pensar sobre
a sua própria solidão e existência? Quantas até se divertiam, e que, chegando
em casa, dormiriam sem pensar no que tinham vivido, nos sorrisos que tinham
visto?
Fico pensando se não lhes dói o coração, a alma, os sentidos...
Se não lhes pesam as lagrimas quando a euforia se vai, quando se dão conta do
que fizeram e do que não fizeram. Acostuma-se a esquecer, a deixar pra lá. Foi
só uma vez, sem ligações, sem mensagens, sem memórias, sem nada.
Penso que somos acostumados esquecer a dor que sentimos, a
tentar suportá-la até que passe, a não gritar quando nos dá vontade. Não se
pode dizer o que se sente, não se pode demonstrar o que se pensa. Podem não gostar,
podem te xingar, podem te censurar e então será esquecido num canto escuro, sem
ninguém. E mesmo sem fazer nada disso, me senti num canto escuro.
Não se apegue, não se
entregue, dificulte que eles gostam, faz cara de mau que elas amam... O mundo
anda tão cheio de medos, de sentimentos escondidos, de gritos contidos; não me
admira que esteja chegando o fim dos tempos. Vejo as pessoas como vulcões prestes
a entrar em erupção, apenas aquecendo seus interiores, controlando suas chamas
o máximo que podem, tentando não demonstrar fraquezas.
Pra que?
Mary
domingo, 15 de julho de 2012
Estatísticas
Uma musica que enchia seus ouvidos, uma bebida que preenchia
seu ser e aquela adrenalina que fazia
com que considerasse muitas possibilidades impossíveis. Balançou a cabeça no
ritmo de alguma batida que fazia com que os corpos a sua volta se contorcessem
e tomou mais um gole. Avistou o rosto que procurava á alguns metros.
Dois olhos fechados, um sorriso no rosto e os cabelos
balançando. Um vestido azul leve, muitos detalhes que não importavam, e os lábios
que atraíram seu olhar. Olhos abertos, um sorriso para a menina ao seu lado, o
olhar vagando por um momento e um encontro.
Aquela jaqueta de couro, um copo na mão e os olhos fixos nos
seus. O sorriso sugestivo, talvez com alguma outra intenção indistinta, e a
expressão que capturou seus sentidos. Virou a cabeça, disse algo para o colega
ao seu lado e tomou mais um gole.
Algumas palavras, uma ou duas risadas, outra brincadeira,
mais um gole. Aquela musica que todos conheciam a letra e um comentário interessante.
Vou partir amanhã. Mais um riso, mais enigmático do que divertido, outro gole
roubado, um empurrão. Vamos lá fora?
A música não importa muito, o frio não incomoda e que se
dane se o copo está meio vazio ou meio cheio. Algumas desculpas, muitos beijos,
três ou quatro risadas, varias lembranças. Mais beijos, menos palavras. Esqueça
isso. Uma mensagem, algumas desculpas, uma brincadeira sem graça e um tapa sem
dor.
Preciso ir. Duas ou mais despedidas, algumas promessas, nenhuma
confirmação. Outro abraço, outros beijos. Me liga. Uma musica nova no rádio, vários
faróis vermelhos, quatro palavras digitadas, três cobertas de lã. Cinco ou seis
sorrisos, um diário, muitas letras, uma caneta colorida, duas páginas
completas, um desenho.
Uma esperança.
Mary
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Saudades
Você veio como uma chuva de verão e arrebatou-me de uma vez, tomou-me de mim mesma. Inundou meus dias, fez florescer meus sonhos, alagou meus pensamentos. Clareou minhas ideias e capturou meu sorriso em sua luz brilhante.
E partiu.
Partiu como parte o marinheiro que deixa o lar para
desbravar o Novo Mundo, sonhando em um dia voltar para o calor dos braços
daqueles que deixou no cais. Você se foi num furacão de lembranças confusas,
encadernadas nas paginas da memória á espera de um leitor.
Sinto dizer, meu amor, que me esqueci de ti algumas vezes,
espero que me desculpe. O frio da noite me fez pensar que ninguém poderia abrandar
minha dor, nem mesmo tu.
Um dia você regressou, trazendo de volta o Sol dos meus
dias. Seu sorriso iluminado pela saudade trouxe um abraço mais apertado do que
os dias de solidão e as lagrimas que diziam tudo sem dizer nada.
Meu amor... meu
amor...
(L)
Mary
sábado, 23 de junho de 2012
Essencial.
Olha quem vem,
é a Bailarina.
Bailando para a vida,
A sua e a minha.
Olha ela! Compra pão,
Fala palavrão.
Diz o que pensa,
E dança sem pensar.
Olha o que ela diz!
Seus músculos por um triz,
Seu andar ritmado.
Marca meu compasso.
Olha quem ela é.
Ela sabe, ela tem fé.
Acredita no que faz.
Faz o que quer.
Olha só, quem diria!
Ela sorriu enquanto eu ria,
Disse que queria enlouquecer.
Queria me esquecer.
Olha lá, ela dança.
Bebe, fala. Encanta.
Sabe que é especial.
Sabe o que é essencial.
Mary
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Versos in Versos
Acho que talves, quem sabe, quiçá
Minha Alma me traga uma poesia.
Livre, exilada, (des)ritmada.
Uma prosa, aprisionada em algum lugar da Alma.
Jogada num calabouço de métricas,
Transformista, que vem e vai.
Quiçá nem sei mais
Quem é Ela
Quem sou eu.
Coloco em cercas, cercadas de mordaças,
Cerceadas suas vontades, faço prevalecer
A Minha.
Ou a Dela.
Mary
.: Fruto de uma conversa com o Matheus, sobre versos e suas formas.:
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Desejo
Quero que saiba que sinto sua falta. Que me arde o peito ao sentir-te longe de mim.
Quero que saiba que sorrio sempre que me chama. Que tremo quando diz meu nome.
Quero que saiba que sua voz agita meu ser. Que teu timbre inunda meus sonhos.
Quero que saiba que teu toque é meu anseio. Que sua presença me é essencial.
Quero que saiba que sua fala me cativa. Que acende minha mente.
Quero que saiba que teu sorriso é meu melhor presente. Que sua alegria faz a minha.
Quero que saiba que te quero por completo. Que te desejo dia e noite.
Quero que saiba o que sinto por ti.
Quero que saiba que te amo.
Mary (08/05/2012)
domingo, 6 de maio de 2012
É menina...
É menina, mais uma noite veio; mais um dia se passou e você não
lhe disse o que está sufocado dentro de ti. Novamente você se lançou do
precipício sem se importar com as pedras lá embaixo, só te importava sentir o
vento em seu rosto e o sol em sua pele. Talvez você já tenho dito tudo o que é capaz de dizer, ou
talvez se subestimou, menina, poderia ter dito mais. Poderia ter feito mais. Ainda
é tempo?
Quem sabe dizer... só o que você sabe é que aquele dono do
seu sorriso só tem lhe feito chorar. E sorrir, nos intervalos. Através das
adversidades, através da dor, é à voz dele que você reage. Não importa o quanto
o tempo passe e quantos passem por ti, é ao toque dele que seus instintos se
acendem. E se apagam quando o toque se vai.
É menina... mais uma noite...
quarta-feira, 2 de maio de 2012
You and me - Lifehouse.
Que dia é hoje? E em que mês? Esse relógio nunca me pareceu tão
vivo. Eu não posso continuar nem desistir, tenho perdido muito tempo. Porque
sou eu e você, e todas as pessoas sem nada para fazer, nada para provar. E sou
eu e você e todas as pessoas, e eu não sei por que eu não consigo tirar meus
olhos de você.
Todas as coisas que eu quero dizer, elas apenas não saem direito. Estou tropeçando nas palavras, você deixou minha mente girando e eu não sei aonde ir daqui. Porque somos você e eu e todas as pessoas sem nada para fazer, nada para provar. E somos você e eu e todas as pessoas, e eu não sei por quê, eu não consigo tirar meus olhos de você.
Existe algo sobre você agora
Que não consigo compreender
completamente
Tudo o que el[e] faz é bonito
Tudo o que el[e] faz é certo
Tudo o que el[e] faz é bonito
Tudo o que el[e] faz é certo
You and me - Lifehouse.
terça-feira, 1 de maio de 2012
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Valores
De que me adiantam todas as tardes do ano,
Se em nenhuma delas estou contigo?
De que me adiantam as manhãs frias,
Se em todas acordo sozinha?
De que me adiantam as noites estreladas,
Se não estás comigo para admirá-las?
De que me valem todos os beijos do mundo,
Se dentre eles não encontro os seus?
De que me valem os abraços mais apertados,
Se não são os seus braços?
De que me valem?
De que me valem?
Mary
domingo, 22 de abril de 2012
Pout-Pourri
Não te prometo amor eterno.
A eternidade é um dia muito longo
Para aqueles que adoram a noite.
Não te juro meu amor.
Juramentos são correntes muito fortes
Para quem ama o frágil.
Mas te acompanharei nas flores de hoje.
Pois aquilo que passa
Nos marca.
~~.
Sem rimas, ele disse.
Sem sons.
Sem letras.
Cem tons.
Cem versos.
Sem.
~~.
;)
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Espera
Já não sei mais o que esperar. Não sei nem se há alguma coisa a esperar.
Algo preparado; Alguém se preparando.
Esperar e não receber: sonho e choque.
Não esperar e receber: realidade e choque
No fim é tudo uma grande surpresa.
Não se sabe o que fazer quando recebe-se algo inesperado.
Nem quando se espera.
Algo preparado; Alguém se preparando.
Esperar e não receber: sonho e choque.
Não esperar e receber: realidade e choque
No fim é tudo uma grande surpresa.
Não se sabe o que fazer quando recebe-se algo inesperado.
Nem quando se espera.
domingo, 25 de março de 2012
Outono
E de dentro da caixa fria,
Observo o caminhar do dia.
Lento. Intenso.
Refaço minhas escolhas,
Qual árvore que não troca suas folhas?
Douradas. Vermelhas.
Mary
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Sentidos
A noite veio outra vez,
E com ela a sua voz.
O vento frio desperta meus sentidos,
Arrepia meus sentido, em busca de calor.
Seus beijos têm gosto de sangue,
Suas mãos têm o calor do fogo.
Sua presença agita minha mente,
O pesar me faz correr de ti.
E para ti.
A ausência faz a presença ser essencial.
O escuro dos seus olhos ilumina os corredores
Do meu desejo.
Bocas, mãos, hálitos.
Se misturam num redemoinho de emoçoes e pensamentos negados.
Contigo estou por um momento,
Sei que é efêmero.
Até que o breu retorne.
Mary Moreira
Escrito em: 17/05/2011
E com ela a sua voz.
O vento frio desperta meus sentidos,
Arrepia meus sentido, em busca de calor.
Seus beijos têm gosto de sangue,
Suas mãos têm o calor do fogo.
Sua presença agita minha mente,
O pesar me faz correr de ti.
E para ti.
A ausência faz a presença ser essencial.
O escuro dos seus olhos ilumina os corredores
Do meu desejo.
Bocas, mãos, hálitos.
Se misturam num redemoinho de emoçoes e pensamentos negados.
Contigo estou por um momento,
Sei que é efêmero.
Até que o breu retorne.
Mary Moreira
Escrito em: 17/05/2011
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