segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Minutos

Onze e meia.

O trem estava atrasado, como sempre acontecia naquela época do ano. O grande fluxo de pessoas indo e vindo congestionava o sistema ferroviários nacional e as esperas eram longas.


Seus olhares de cruzaram no espaço por sobre a multidão barulhenta e o som perdeu-se naquele olhar. Castanho e verde se chocaram no ar e a compreensão mutua foi instantânea.


Ela tinha um mapa nas mãos e ele ainda não encontrara seu caminho; ele carregava uma lanterna e ela tinha medo do escuro.

A vida correu em flashes diante de seus olhos e eles se viram perdidos em um tempo distante correndo por uma rua iluminada. Pega - pega talvez.

O som lembrou-se de existir e o barulho afastou as lembranças, obrigando-os a desviar o olhar. Um apito soou em algum lugar da plataforma exigindo um horário preciso.

Onze e trinta e um.

3 comentários:

  1. Nossa que lindo, amei sabia??
    você falou de sensações maravilhosas, de forma singela! muito boom!

    Beijoos!!

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  2. adorei *--*
    a descrição foi primorosa
    parabeeens amiga ;*

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